Logo na infância é muito comum perceber problemas de má oclusão. Com o uso da chupeta e a prática de outros maus hábitos, a colocação do aparelho ortodôntico se torna obrigatória. Será que este acessório é capaz de corrigir todas as complicações da criança?
Com a finalidade de corrigir problemas de má oclusão e devolver a harmonia do sorriso, os aparelhos ortodônticos são soluções para lá de confiáveis e seguras. O tratamento pode acontecer em qualquer fase da vida se for necessário. Entretanto, sabe-se que é na infância o momento mais adequado de intervir na dentição em termos de ganho e agilidade. Mas será que esse acessório é capaz de sanar qualquer problema bucal de uma criança? A especialista no assunto Tatiana Rysovas esclarece este assunto ao Sorrisologia.
Qual é a função do aparelho nessa fase?
A fase de nascimento dos dentes de leite e a troca pelos permanentes pode ser marcada por alguns contratempos. É normal os pais terem dúvidas nesse momento. Não hesite em procurar um profissional para ajudar. Porém, nem tudo se resolve com aparelho ortodôntico.
O uso desse acessório é importante para prevenir futuras complicações da fase adulta. A dentista explica que a maior preocupação da dentição decídua são os problemas esqueléticos. “Eles devem ser corrigidos o quanto antes para que a criança cresça de forma simétrica”, diz.
Nessa fase, a ortodontia é preventiva e interceptiva, no caso de uma dentição mista. Tatiana diz que o resultado é muito positivo e resolve 100% dos casos. “O importante é iniciar o tratamento num momento em que a criança esteja madura para colaborar com o processo e os pais apoiarem durante todo o ciclo”, destaca.
Motivos para adotar o tratamento ortodôntico
Com o uso prolongado da chupeta e a realização de maus hábitos, como o de chupar o dedo, a criança pode desenvolver muitos problemas nos dentes. Um muito comum é o de mordida aberta. “Nessa fase, depois do hábito ter sido removido, às vezes precisamos lançar mão do uso de algum tipo de aparelho para que essa mordida se feche e o crescimento da parte óssea seja adequado”, explica.
Há também a mordida cruzada, quando dentes de cima do maxila e de baixo da mandíbula se encaixam de maneira inadequada. “Isso, muitas das vezes, provoca um desvio mandibular e o crescimento do rosto passa a ser maior de um lado do que do outro”. A falta de espaço que acontece na troca dos dentes de leite pelos permanentes é outro cenário bem comum na infância. Nesse momento, a ortodontista diz que é muito importante fazer o procedimento de expansão para que os permanentes consigam nascer no lugar correto.
Tatiana esclarece. “Cada criança tem uma herança genética de crescimento que define o posicionamento e o relacionamento das bases ósseas da parte de cima e de baixo do sorriso. E, dependendo de como é esse encaixe, precisamos agir ainda nessa fase da primeira infância”, atenta.
Tenha um sorriso melhor no futuro
Deu pra perceber que o uso desse acessório ajuda bastante a prevenir a falta de espaço para os dentes na fase adulta e, consequentemente, evita problemas articulares e musculares. Só que mesmo trazendo um bom resultado, a ortodontista não exclui a utilização do acessório no futuro. “Embora o aparelho solucione muitos problemas, não elimina a necessidade de uso na dentição permanente completa em alguns casos”, conclui.